Em meio a tudo que ocorre no rio, um texto de Danusia Barbara – ele continua lindo…: Saio pelo Rio lambendo cada detalhe de minha cidade. Ando pelo caminho da Urca, vejo o mar batendo forte, deixo a beleza entrar em mim, faço parte dela. E vou comer umas empadinhas, tomar água de coco, pensar na feijoada de sábado com a turma tocando chorinho, o feijão já está de molho, as carnes de porco idem, a laranja fatiada, a couve ao ponto, a farinha agregando, num gosto meio selvagem e muito nosso. Quindins ultradoces de sobremesa, por favor. Sigo adiante. A lagoa se prepara para a árvore de Natal, a gente belisca nos quiosques vendo o anoitecer. Passo adiante, Copacabana é linda. Sento no Amir em busca de coisas árabes, a começar pelo sanduíche feito de muitas carnes, girando em si, que nem dança do ventre no Quartier Latin, de Paris. Se for último domingo do mês, vou para o Museu do Açude. Lá tem brunch da Casa dos Sabores, música ao vivo, eu no meio da floresta vendo a cidade lá embaixo. Rio te como demais.”