Viagens

A CIDADE LUZ – PARIS

Por em 25 de fevereiro de 2018

Não foi amor à primeira vista. A cidade me ganhou aos poucos. Agora quero morar alguns meses lá.

Na primeira vez que fui, tinha cinco anos e me lembro de comer boas crepes, chupar um pirulito ENORME lembrando a torre (que minha mãe me obrigou a guardar todos os dias já que comprei) e brincar no jardim de Tuileries com meu pai com um brinquedo que era um pássaro de plástico de borracha.

Voltei no estilo “mochilão” aos 19 anos e me apaixonei por croissant aux amandes, passei por lá na lua de mel, mas dessa última vez me apaixonei!

O astral

Passear pela cidade observando pessoas elegantes, fuçar as pâtisseries lindas com delicadas tarteletes, refinados macarons e indiscutíveis pains au chocolat é por si só uma opção de vida.

A mesa é uma tradição. Sentar-se com calma, comer bem, conversar, tomar um vinho… sem pressa nem correria é sábio. A relação da reverência às refeições é inegável.

Confesso que isso só agrega ao fato de que os queijos de cabra, primordialmente, patês, tartares e sopas de cebola são incomparavelmente melhores do que em qualquer lugar do mundo!

Compramos queijinhos do produtor em uma feira, um vinhozinho no supermercado, e um pãozinho na boulangerie e pronto! De três estrelas para cima com orçamento menos de R$ 50,00 por duas pessoas.

Os parisienses também estão mais simpáticos. Tirando um moço no metro, fomos excepcionalmente atendidos e a maior parte pelo menos fala um “obrigado” ao final. Nota-se o esforço em tratar bem quem vem visitar.

Museus e Parques

Voltar ao Louvre com as crianças foi um barato. Queriam tirar foto de cada peça. E quando dizíamos que era para guardar a bateria da câmera para coisas especiais respondiam “mas isso aqui é incrível, olha só!!!”

O Musée D’Orsay para mim foi meu preferido. Peças impressionistas em uma estrutura que por si só é uma obra de arte. Tire uma tarde, pare no café do quinto andar (estiloso!) e termine ouvindo músicos que tocam na rua em frente ao museu (dependendo do dia e do tempo).

A visita ao Chateaux de Vincennes foi uma maravilha! As crianças se divertiram no castelo medieval, com ponte levadiça e tudo que pode imaginar a partir dos filmes. A lojinha, então… dá vontade de levar tudo!

Se for ficar uma semana, compre o Navigot semanal que vale de segunda a domingo (seguidos). Auxilia no transporte sem limites pela cidade. O metrô realmente é extremamente abrangente e funciona.

Indo com crianças, a Eurodisney é um must. Tire dois dias pelo menos para visitar os parques. O parque do Obelix e Asterix dizem que é o máximo também, mas no frio não é tão recomendável.

Há também a praça des Vosges que as crianças adoraram brincar. É uma pracinha como qualquer outra, mas os brinquedos são todos estilizados e ao redor tem várias coisas gostosas….

Marais

O bairro da Place Des Vosges é uma delícia.

Fomos duas vezes provar um dos tartares mais tradicionais da Cidade do Ma Borgogne.

Restaurante pequeno e aconchegante, desde 1800 e poucos. Se não houver espaço dentro, pode ficar de fora que o aquecimento funciona. As crianças adoraram o frango assado com batata fritas também.

Terminado o almoço, visite a loja de chás Damman que é o paraíso de quem curte. Uma viagem de aromas e sabores.

Por fim, vá ao Carréte. Fantásticos macarons (exceto o de doce de leite que achei meio enjoativo) e doces em geral. O croissant aux amandes estava muito saboroso e molhadinho, podia só estar mais fresquinho e crocante.

Au pied de Couchon

Um dos lugares pop da cidade, o restaurante vive cheio e é bonito.

Fomos bem atendidos e provei a sopa de cebola que é considerada a melhor da cidade. Achei o queijo fantástico, mas a sopa em si faltou um je ne sais quoi.

As crianças dividiram um prato de salmão excelente.

O pé de porco, entretanto, decepcionou. Gordura demais, carne de menos.

Resultado: belo, bom, mas não barato e falhou na pièce de resistance.

Les Deux Magots

Casa tradicional e perfeita para um brunch.

Croque Messieurs elegantíssimos e uma omelete sensacional. O Petit Chablis da casa também vai bem com tudo. Adorei!

Café Breizh

Queres provar galettes (crépe de trigo sarraceno) super refinadas e diferentes? Essa casa com filiais até no Japão é uma boa.

Comi um de arenque com caviar inimaginável!

De sobremesa: Crepe suzette ou com caramelo.

A bebida da casa é a Cidra. Mas achei mais bonita do que gostosa.

Por fim, pedimos o prato de frutos do mar e estava uma delícia.

Conclua sua viagem jantando perto e olhando, a partir do Trocadero a hora que a torre se ilumina. É emocionante.

Jantamos no Le Beaujolais na Av. Suffren. Lugarzinho que é turístico, mas a comida estava gostosa a beça, as crianças (de todas as idades) adoraram as escolhas e saímos de lá felizes da vida. Volto lá com certeza para jantar e depois passear pela torre.

PS.: achei uma furada subir a torre. Horas em pé. Fila enorme. Mas, se estiver com disponibilidade tenho que confessar que a vista é bela e um champanhe lá no alto (tem um bar de champanhe) não é uma má ideia….

Conclusão

Enfim, se não gostar de paris, insista. Ela que ainda não deve ter de conquistado ainda…. mas irá!

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Gastronomia | Viagens

PRAGA MARAVILHOSA

Por em 5 de fevereiro de 2018

 Joia Rara – elegância com estilo próprio.

 

Metrópole com arquitetura de primor, gente bonita e bem vestida, lugares cool, jazz ou música clássica há um charme e um astral todo especial.

Beleza ao olhar banhado  a boas cervejas, cravejado com arquitetura de primeira e delicadeza nos detalhes.

… Impossível ficar sem conhecer. Ao estar lá, há que se render!

A vista do rio e a ponte que levam ao castelo é algo realmente sem igual.

O castelo medieval encanta e vibra história. Igrejas belíssimas e um ambiente mágico.

Além do bazar de natal na praça principal – parece de mentira de tão lindo -, há relógios diferentes pela cidade e ruas com lojas de todos os tipos.

O romantismo do local só não é maior pela quantidade de turistas que rondam em busca de degustar a cidade ao máximo! E como não?

Para aproveitar a vista, vale sentar nas arquitetônicas e especiais “Dancing Houses” (casas dançantes) e tomar um drink no telhado.️

Budha Bar

A primeira noite ficamos no restaurante do hotel Ma-ra-vi-lho-so e super fashion (Budha Bar Hotel). .

Drinks sofisticados, saindo do conceito de frutas, com especiarias, rolls de sabores complexos com arroz no ponto e magias experimentais, concluindo com um pad thai de camarão com tamarindo!

Museu da Cerveja

Além de um colírio para os olhos, Praga é o paraíso dos cervejeiros. Vale a visita com degustação ao Museu da Cerveja, ou parar em cada esquina para enfileirar as torneiras disponíveis em qualquer boteco.

Dados do museu: Nenhum povo bebe mais cerveja que os tchecos. A terra de Kafka registra o maior consumo per capita da loira gelada (ou morena, ou ruiva, ou negra – todas ótimas!), com folga sobre os demais países ranqueados.

Os tchecos em geral falam inglês, mas quem quiser ser simpático já pode aprender o básico: “pivo” é a pedida! ❤️

 Unbeatable Field!

Nem sempre temos jantares que nascem eternos. Mas esse vai!

Field Restaurant em Praga tem ambiente jeitoso em cada detalhe, de assinatura. Merecida estrela Michelin.

Lembram da cena inicial de Dragão Vermelho (Edward Norton e o personagem inesquecível Hannibal, o canibal)? O inteligente policial percebe que o médico havia servido o timo do violinista desafinado aos patrocinadores do concerto?

Pois foi embebida de um sentimento de curiosidade que me preparei para comer timo… e adorei.

A casa oferece menu degustação ou pratos com diferencial

De amouse bouche vieram patê de arenque de comer de joelhos, crocantes de queijo com molho e shot de cerveja com especiarias – explosivo leque de sabores geniais.

Comemos um pombo com trufas e maçã … divino!

Não é qualquer dia que estamos dispostos a mergulhar nessa viagem (nem podemos) e tem que estar preparado para carnes diferentes, mas foi uma senhora comemoração.

Permitam-se hipnotizar pelo local. E me contem.

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Gastronomia

Abra-te Sésamo!

Por em

Trocaria 40 ladrões por mais uma noite como essas. (Entre na brincadeira ?)

Em meio às ruas de Copacabana adentra-mo-nos a uma cobertura que mais parecia a caverna de Aladim com tantas riquezas em meio ao deserto.

Um jantar “das Arabias” de Barcellos Gastronomia pelos talentosos Gabriel Moreira (@gabrielmoreira282) e Diego Barcellos (@diegobarcelllo) harmonizado por Fábio Massad (@massadfabio) com vinhos especialíssimos tudo tapeceado pela delicada Andréa Leal (@andrea_leal_buffet) em Mais uma refinada versão de seus jantares.

Fomos recebidos com um Garibaldi Vero Brut perfeito de boas vindas.

Em seguida, um Amouse Bouche de Mil Folhas de Kibe Cru e Damasco tostado com queijo de cabra e um fio de beterraba, harmonizado com um rosé interessantíssimo da Cordilheira Andina. 

 

A salada Fatoush reinventada se abraçou com meu querido Chardonnay Los Haroldos Roble que tinha aquela bicoloridade linda, em que a parte de cima da taça fica meio fosca e condensada e a parte de baixo translucida. Me sinto tomando um líquido mágico.

O carré de cordeiro mal passado veio com um cremoso risoto de frutas secas com um imbatível Cabernet Sauvignon Perez Cruz Reserva que foi o sucesso da mesa.

 

Por fim, Figo brulée com uma tuile de amêndoas e sorvete de iogurte fresco com drink de amaretto com damasco.

Fechando com um café e brigadeiro de nozes olhando as estrelas.

Gente inteligente, elegante, com humor e beleza nos detalhes nos proporcionou um momento especial em meio a uma semana corrida.

Não bastasse, reencontrei os queridos (e talentosos) Eduardo Almeida e pude (re)conhecer a já amiga Fernanda Giovanini pessoalmente.

Simbad que me perdoe, mas fui e voltei de tapete nos pratos e emersão noturna.

Agradeço o convite. Elegância é fundamental. E o sabor, inesquecível.

 

Fotos: Eduardo Almeida Fotografia (@eduardoalmeidafotografia)

www.eduardoalmeidafotografia.com.br

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